Bancos não aceitarão pagamento em dinheiro acima de R$ 10 mil

Com o objetivo de aperfeiçoar os mecanismos de controle de prevenção à lavagem de dinheiro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) proibiu que os bancos aceitem pagamento em espécie de boletos em valor igual ou superior a R$ 10 mil. A norma entra em vigor na segunda-feira (28).

Segundo o Banco Central (BC), apenas 1,7% dos boletos têm, hoje, valor acima de R$ 10 mil. Até então, não havia uma regra sobre pagamentos de boletos em dinheiro. As instituições financeiras tinham autonomia para estabelecer seus próprios limites para a operação.

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Agora, para boletos de valor inferior a R$ 10 mil, as instituições financeiras somente poderão recusar o pagamento em espécie se houver indícios de tentativa de fraudar a norma.

Por determinação do CMN, os bancos são obrigados a comunicar a restrição a seus correntistas. O Itaú, por exemplo, já informa a limitação aos clientes por meio dos canais de autoatendimento (caixa eletrônico ou internet banking).

O Banco Central determinou ainda que as instituições financeiras mantenham registros dos boletos pagos em dinheiro, mas a medida específica somente entrará em vigor em março de 2019.

Fonte: Reuters e O Globo | Foto: Beto Chagas/Agência O Globo

Minority Report: Cidade americana usa sistema informatizado para prevenção de crimes

O prefeito de Nova Orleans (Louisiana – EUA), Mitch Landrieu, assinou um contrato sigiloso em 2012 com uma startup chamada Palantir Technologies. A empresa de software americana é especializada em usar inteligência artificial para lidar com a segurança, como a prevenção de crimes. O sistema prevê se você é propenso a cometer crimes e quais as suas possíveis vítimas. O acordo foi revelado pelo site “The Verge”.

Como a empresa ofereceu o software gratuitamente, o prefeito pôde fazer o acordo sem informar à Câmara. O banco de dados foi alimentado com os arquivos do departamento de Polícia — entrevistas, fichas criminais e boletins de ocorrência. Também fizeram parte do rastreamento dados públicos como posts de redes sociais e mapas da cidade.

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O software pode ser usado de diferentes formas. Com apenas uma parte da placa do carro — porque a testemunha não viu toda a numeração — o programa cruza dados, possíveis violadores e tipos de crime para oferecer probabilidades. O software listou 3.900 pessoas entre possíveis assassinos e vítimas. O que gera um dilema: é necessário acompanhar estas pessoas?

A Prefeitura de Nova Orleans localiza aqueles em risco de cometer crimes que estejam em liberdade condicional e os põem em programas especiais, caso concordem. Os principais membros do conselho da cidade e os advogados contatados pelo “The Verge” não sabiam do uso do software em Nova Orleans. Eles mostraram preocupação sobre as liberdades civis e se o programa é apropriado para o sistema de justiça criminal americano.

O caso lembra “Minority Report”, livro de ficção científica escrito por Philip K. Dick em 1956, adaptado para o cinema por Steven Spielberg em 2002. Na história, é criada uma polícia de “pré-crimes”, habilitada para localizar o delito e impedir que ele aconteça.

Leia aqui a íntegra da reportagem do “The Verge”.