Brasil é o país com mais mortes de defensores de direitos humanos e ambientais

O Brasil teve o maior número de assassinatos de defensores de direitos humanos e socioambientais em 2017. Os dados são do relatório anual da Global Witness, organização internacional fundada em 1993. Segundo o levantamento, 207 ativistas foram mortos em cerca de 22 países.

No Brasil, houve 57 assassinatos. Nas Filipinas, segunda colocada, foram registradas as mortes de 48 pessoas, a maior quantidade já documentada em um país asiático. O México e o Peru tiveram aumentos nos assassinatos em 2017 em relação a 2016: de três para 15 e de dois para oito. Entre os países latino-americanos, a Colômbia, com 24 assassinatos, também se destaca negativamente.

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Em 2015, a Global Witness registrou 78 casos de pessoas assassinadas por conflitos fundiários, sendo 66% delas na América Latina. Em 2017, a região continua concentrando quase 60% desses crimes.

“Um fator em comum entre os países com maior número de assassinatos são os altos índices de corrupção governamental. Embora se pudesse dizer que há menos ataques contra defensores em países mais democráticos, vale a pena examinar o papel dos países investidores que facilitam a entrada de suas empresas em contextos onde opositores e ativistas são atacados. Não há tantos assassinatos no Canadá ou na Espanha, mas esses países têm investimentos relacionados a ataques no exterior”, diz ao El País o coordenador de campanhas da Global Witness, Ben Leather.

Fonte: Folha de S.Paulo e El País

Brasil é o segundo país que mais perde dinheiro com crimes cibernéticos

Aproximadamente 62 milhões de pessoas foram vítimas de algum crime virtual no Brasil, em 2017 — 61% da população adulta. As perdas financeiras somaram US$ 22 bilhões. O país é o segundo que mais perdeu dinheiro com crimes cibernéticos, atrás somente da China. A conclusão é da empresa de segurança virtual Symantec.

De acordo com o estudo Norton Cyber Security Insights Report 2017, hackers roubaram, ao longo do ano passado, US$ 172 bilhões de 978 milhões de consumidores, em 20 países. O Fragoso Advogados atua em casos de crimes cibernéticos.

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O estudo faz um alerta. Em geral, as vítimas do cibercrime compartilham um perfil semelhante: são entusiastas de tecnologia que se cercam de dispositivos mobile tanto em casa como fora dela, mas têm um ponto cego quando se trata de princípios de segurança cibernética.

“As ações dos consumidores revelaram perigosa desconexão: apesar de um fluxo constante de falhas cibernéticas relatadas pela mídia, muitas pessoas parecem se sentir invencíveis e ignorar a tomada de precauções básicas para se proteger”, afirma Nelson Barbosa, especialista de segurança Symantec.

“Esta interrupção destaca a necessidade de segurança digital do consumidor e a urgência de das pessoas voltarem ao básico quando se trata de fazer sua parte para prevenir o cibercrime” completa o executivo.

Para a realização do estudo, a Symantec entrevistou usuários brasileiros e constatou falhas gravas em como o usuário guarda suas informações. Entre os entrevistados, 59% compartilham as senhas, 34% escrevem a informação em um pedaço de papel e 24% usam a mesma senha para todas as contas. As senhas mais compartilhadas são as dos dispositivos conectados domésticos (38%), seguida de desktops (37%) e laptops (36%).

(Com informações da IstoÉ Dinheiro)