Jovem que causou incêndio em área florestal é multado em US$ 36 milhões

Um adolescente de 16 anos foi condenado a pagar US$ 36 milhões em razão de um gigantesco incêndio que devastou a área florestal Eagle Creek, no Estado de Oregon (EUA). Ele se declarou culpado.

A informação foi divulgada na última semana pela emissora local KOIN6 e repercutida pelos principais veículos de imprensa do país, como o jornal The Washington Post e a rede de televisão CBS News.

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O incêndio aconteceu em setembro de 2017 em razão de uma brincadeira com fogos de artifício entre o adolescente — que não teve o nome revelado — e amigos. O episódio foi gravado pelo grupo, que aparecia rindo nas imagens, e foi testemunhado por pessoas que caminhavam na região, muito popular entre turistas.

O clima no local era seco na época, o que fez com que as chamas se espalhassem rapidamente. Como resultado, bombeiros levaram cerca de dois meses para conter o incêndio completamente, um gasto de cerca de US$ 20 milhões. O fogo devastou uma área florestal imensa, destruiu casas e causou a evacuação de centenas de moradores.

Um vídeo publicado no YouTube e registrado na época do incêndio mostra a intensidade e extensão das chamas entre os dias 4 e 5 de setembro.

A defesa do jovem, que na época tinha apenas 15 anos de idade, classificou o montante como “cruel e anormal”. De acordo com a imprensa local, a Corte entendeu que o adolescente não poderá fazer o pagamento de uma só vez, mas estão estabelecendo um plano para que ele consiga pagar o máximo possível.

Se em até dez anos o menino não cometer novos crimes e tiver obedecido ao plano de pagamento, poderá obter na Justiça o perdão parcial ou total do montante. “O objetivo não é receber todo e qualquer dólar que o adolescente ganhar, mas oferecer às vítimas uma estrutura e reconhecer as suas perdas”, disse o porta-voz da corte para a KOIN6.

Na época do incêndio, a mãe do jovem chegou a conceder uma entrevista para um jornal local na qual disse que os eventos foram um “trauma”, mas reconheceu que o erro era de responsabilidade dele.

Fonte: The Washington Post e Exame