Como reduzir mortes por armas de fogo

Uma pessoa é morta a cada 15 minutos por arma de fogo. Como mudar essa realidade? Em artigo com muitos dados e gráficos comparativos sobre os EUA e outros países, o colunista do New York Times Nicholas Kristof destaca que dois dos maiores tiroteios em massa na história americana moderna aconteceram nas últimas semanas e propõe medidas para o controle de armas no país.

Um em cada três lares nos EUA tem armas. São mais de 300 milhões de armas – aproximadamente uma por cada cidadão. Para Kristof, não basta derramar lágrimas pelos mortos, fazer discursos e baixar as bandeiras. “É preciso salvar vidas.” Ele defende que o assunto seja tratado como um caso de saúde pública.

Kristof faz um paralelo com as políticas para reduzir as mortes causadas por acidentes nas estradas e, com gráficos, mostra como a taxa de mortes por acidentes caiu 88% entre 1946 e 2016, graças a mudanças na legislação de segurança. “Não proibimos carros, mas trabalhamos arduamente para regulá-los – e limitar o acesso a eles – para reduzir o número de mortos. Isso tem sido espetacularmente bem-sucedido.”

Leia a reportagem no New York Times.

Brasil registra recorde de assassinatos em 2016

Não é só o Rio de Janeiro que percebe um aumento da violência. O Brasil registrou 61.619 mortes violentas em 2016, o maior número de homicídios da história, de acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta segunda-feira (30). Sete pessoas foram assassinadas por hora no ano passado, o que representa aumento de 3,8% em relação a 2015. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes ficou em 29,9 no país.

Os mais de 61.619 assassinatos cometidos em 2016 no Brasil equivalem, em números, às mortes provocadas pela explosão da bomba nuclear que dizimou a cidade de Nagasaki, no Japão, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. O Rio de Janeiro teve 5.033 homicídios no ano passado, o maior número em seis anos e aumento de 20% em relação ao ano anterior.

Parte das mortes tem relação com a guerra às drogas. Os homens jovens são as principais vítimas de homicídios no Brasil. Momentos de crise tendem a elevar os índices de criminalidade e violência.