Vazamento de dados pode custar R$ 3,7 milhões para uma empresa

A exposição e o vazamento de dados de clientes e empresas vêm se tornando comum no Brasil. Nos últimos meses, companhias de diferentes atividades e tamanhos tiveram dados expostos, como Uber, Netshoes, Buscapé, Porto Seguro e Banco Inter.

Agora, uma pesquisa da Kaspersky indica qual o valor médio que um ciberataque pode custar à empresa: US$ 1 milhão, cerca de R$ 3,7 milhões. O Fragoso Advogados atua em casos de crimes cibernéticos.

Leia também: Mais da metade dos presos no Rio são provisórios

Outlook cria alerta de compliance para anexo em e-mail empresarial

Casos de movimentações financeiras atípicas crescem em 2018

De acordo com a Kaspersky, foram entrevistados mais de 6 mil funcionários de empresas pelo mundo, pequenas ou grandes. “Independentemente do porte, os custos de violação de dados aumentaram significativamente nos últimos dois anos”, informa a companhia de segurança.

“Para as corporações, o custo médio de um incidente de março de 2017 a fevereiro de 2018 atingiu US$ 1,23 milhão. Isso é 24% maior do que as perdas de 2016 a 2017 e 38% maior do que os valores de 2015 a 2016. Quanto às pequenas e médias empresas, elas perdem uma média de US$ 120 mil por ciberincidente – US$ 32 mil a mais do que um ano atrás.”

Quando o assunto envolve ciberincidentes diversos, as empresas costumam ter um gasto emergencial em softwares e infraestrutura. Entre as grandes companhias, o investimento ficava em “apenas” US$ 193 mil no passado.

Os danos à reputação que prejudicam as classificações de crédito e impactam nos valores dos prêmios de seguro estão em segundo lugar, atingem em média a casa dos US$ 180 mil, segundo a Kaspersky. Enormes quantias de dinheiro também são gastas no treinamento tardio sobre cibersegurança, sendo US$ 137 mil, em média.

O problema afeta as pequenas e médias empresas, que sofrem com os ataques de hackers, pagando em média US$ 15 mil por incidente.

“As pequenas empresas também precisam investir em melhorias na infraestrutura de emergência, além de sofrerem perdas de reputação. Elas gastam muito menos em treinamento (devido ao tamanho menor), mas têm que investir recursos em especialistas externos forenses ou para recuperação”, diz a Kaspersky.

Fonte: TecMundo

Vazamento de dados do Facebook atinge 443 mil usuários brasileiros

O diretor de tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer, informou que, dos 87 milhões de perfis violados de forma imprópria com a consultoria Cambridge Analytica, 443.117 são de usuários brasileiros.

O país está entre as dez nações em que a rede social reconhece que houve brechas devido ao programa. A maioria está nos EUA (70.632.350), seguido por Filipinas (1.175.870), Indonésia (1.096.696) e Reino Unido (1.079.031).

Leia também: Microsoft firma parceria com MP para combater crimes cibernéticos

Estudantes de Brasília vão a Harvard e MIT apresentar programa que monitora juízes

Metade das empresas brasileiras foi vítima de crimes econômicos

Também houve prejudicados pelos vazamentos em México (789.880), Canadá (622.161), Índia (562.455), Vietnã (427.446) e Austrália (311.127). A empresa promete avisar o problema aos usuários a partir de segunda-feira (9).

Ao anunciar os países prejudicados, Schroepfer informou que a rede social mudará as permissões de informações para aplicativos, centralizando as permissões de dados nos casos de grupos, eventos e páginas públicas.

O Facebook também decidirá que aplicativos terão acesso a curtidas, check-ins, fotos, postagens, vídeos, eventos e grupos. Também restringirá o acesso a números de telefones celulares e emails de usuários desconhecidos. E proibirá mecanismos de terceiros que acessem informações pessoais como religião, orientação política, status de relacionamento, formação educacional e profissional, exercícios físicos, músicas, livros, notícias, vídeos e jogos.

Fonte: Folha de S.Paulo