Reguladores criam sistema de monitoramento global para criptomoedas

O Comitê de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) apresentou, na segunda-feira (16), um sistema para monitoramento global do mercado de criptomoedas. Inicialmente focado nas bitcoins e ethers, mas com previsão de abertura para todo o segmento, a ideia do framework é avaliar e manter vigilância sobre o setor, com análises de risco, indicadores de performance e controle contra crimes financeiros.

Para o FSB, o segmento das criptomoedas dá os passos iniciais e ainda não oferece risco à economia global. No entanto, há temor quanto a seu avanço, principalmente sobre o financiamento de startups e novas empreitadas com o uso de ofertas iniciais de moedas. Há preocupação ainda com o uso das criptomoedas para crimes de lavagem de dinheiro e terrorismo.

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O anúncio do FSB integra uma iniciativa assinada pelo G20 em março, quando as 20 maiores economias do mundo chegaram a um acordo comum em relação ao mercado de criptomoedas.

De acordo com o FSB, o sistema não funcionará como apoio a algum tipo de autoridade legal ou regulação oficial. O monitoramento servirá como métrica do que está por vir em um mercado tão volátil e dos desafios enfrentados pelos países e investidores.

O sistema terá parcerias com agências policiais e de inteligência no combate aos crimes financeiros. O FSB ainda trabalha em conjunto com o Comitê de Supervisão Bancária da Basileia – grupo estabelecido pelo G10 com 27 países, incluindo o Brasil.

Fonte: Reuters

Hackers roubaram R$ 4,5 bilhões em criptomoedas desde 2017

O valor do bitcoin passou de US$ 1 mil para quase US$ 20 mil em 2017, o que atraiu a atenção de muita gente para o mundo das criptomoedas. Mas não foram apenas os investidores que passaram a olhar para o bitcoin com mais cuidado. Um estudo recente estimou que foram roubados US$ 1,2 bilhão (R$ 4,5 bilhões) em moedas digitais desde 2017.

Até agora, apenas US$ 240 mil (R$ 900 mil) foram recuperados, segundo o Quartz. Um dos maiores roubos foi um ataque à corretora japonesa de moedas virtuais Coincheck.

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Na ocasição, hackers conseguiram roubar o equivalente a US$ 530 milhões — o maior crime do tipo já registrado. Após o ataque, o governo japonês aumentou a regulamentação das corretoras e criou uma agência para investigar crimes cibernéticos, com centenas de analistas.

A corretora japonesa não foi o único alvo. Desde 2017, hackers já conseguiram roubar milhões de dólares em corretoras como a italiana BitGrail e de outras plataformas, como a NiceHash, da Eslovênia.

O Fragoso Advogados atua em casos de crimes financeiros e cibernéticos.

Fonte: Época