Netshoes ligará para 2 milhões de clientes afetados por vazamento de dados

O site de comércio eletrônico Netshoes informou, nesta terça-feira (27), que cerca de 2 milhões de consumidores de todo o país atingidos por vazamento de dados pessoais serão contatados por telefone a partir de 8 de março. Depois dessa data, a empresa terá mais 30 dias úteis para finalizar as ligações.

Apesar de não terem sido reveladas informações como cartão de crédito ou senhas, o incidente de segurança comprometeu dados pessoais como nome, CPF, e-mail, data de nascimento e histórico de compras.

A medida foi divulgada depois que representes da Netshoes se reuniram com o Ministério Público do Distrito Federal. O órgão havia pedido em janeiro que o site de comércios tomasse providências em relação ao caso.

No comunicado enviado à TV Globo, a empresa afirmou que ‘não há qualquer indício de invasão à sua estrutura tecnológica’. “A empresa reforça que adota todas as medidas e melhores práticas de segurança da informação e que não negocia, nem nunca negociará, com criminosos”, completou o site em nota.

Para o coordenador da Comissão de Proteção dos Dados Pessoais e promotor de Justiça, Frederico Meinberg, o acordo com a Netshoes representa “o começo da implementação de uma cultura em que MP e empresas passam a atuar conjuntamente para criar dificuldades para os criminosos que tentam ganhar dinheiro com vazamento de dados”.

A página da comissão passou a abrigar, recentemente, a plataforma de Comunicação de Incidente de Segurança, onde as empresas poderão registrar ocorrências dessa natureza.

De acordo com Ministério Público, o vazamento comprometeu os dados pessoais de centenas de servidores públicos politicamente expostos.

Conforme a análise das informações, há vários clientes registrados com e-mails de órgãos públicos, como Presidência da República, Supremo Tribunal Federal, Polícia Federal, Câmara dos Deputados, Tribunal de Contas da União, Ministério da Justiça, Advocacia-Geral da União, Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e Superior Tribunal de Justiça.

Fonte: G1